segunda-feira, 31 de outubro de 2011

sugestões de fim de semana III


Continuando na senda dos jogos de tabuleiro, apresento desta vez, talvez o mais viciante dos que conheço e muito provavelmente o que menos "ciência" precisará para ser compreendido. Premiado como se tratando do jogo do ano de 2001, (jogo de tabuleiro), o "Carcassonne" dispõe, para além do jogo "base" de um punhado de extensões ao próprio jogo, trazendo sempre novas "variáveis" a levar em conta, aumentando a sua jogabilidade e capacidade de explorar novas variantes.

Na prática, trata-se de um "puzzle-dominó" gigante, onde
será muito pouco provável, conseguirem-se dois "puzzles" finais perfeitamente iguais. O objectivo, - além de amealhar o maior numero de pontos possível - é poder-se completar castelos ou estradas ou ainda deter o domínio dos seus campos circundantes, não esquecendo a posse de alguns mosteiros pelo meio.

O pack original dispõe de cerca de 70 peças. As extensões poderão adicionar mais umas 20 de cada vez, sendo que, um jogo com todas as extensões poderá chegar às 160. Em qualquer dos casos, o jogo básico dá pano para mangas, podendo demorar cerca de 60 minutos a ser completado. Podem jogar dois a 4 concorrentes (básico) e, consoante a experiencia de todos ou por combinação prévia, poderão optar pela
vertente "pacifista" (cada um constroi o que pretender sem interferencia dos restantes) ou pela versão "bélica" onde cada um tenta ao máximo atrapalhar as finalizações dos restantes jogadores... não esquecendo de ir terminando algumas para seu proveito próprio.


(obs. no final do jogo, a disposição das suas peças, nunca ficará tão "certinha" como o apresentado acima)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

para que serve um mail afinal?

Desde a sua difusão, a recorrência ao correio electrónico serviu - entre muitos fins - para estreitar a comunicação entre pessoas. Em vez de se esperar pela "volta do correio", as pessoas passaram a usar esta ferramenta como uma forma de poderem ver respondidas quase em tempo real, as suas preocupações, necessidades ou simplesmente minorar o delay que o correio tradicional implica. Além de não ter de se gastar dinheiro algum com selos, envelopes, etc... que se saiba, o correio electrónico só ainda não dá para enviar encomendas.

A massificação do uso desta utilidade trouxe, entre meras comunicações, a facilidade de se recorrer ao envio de ficheiros cujos conteúdos variam entre o documento dito mais sério e a pornochachada vulgar.

Mas também serviu para o envio de autênticos queixumes políticos que outrora não se fazia pela via dactilografada e timbrada. Antigamente, o correio podia servir para muita coisa, mas nunca para se usar como arma política. Não estou a imaginar um idiota qualquer a enviar um daqueles mails chatos como tudo, apontando (a título de exemplo) quantos "érios" o Alberto João tinha amealhado com a construção de um barraco qualquer ou quanto ganhava o deputado A, ou o administrador da empresa X. Mais: não imagino o mesmo idiota a enviar a mesma coisa, a "n+1" destinatários...

O que não deixa de ser, ao mesmo tempo estranho é esta necessidade quase imperiosa de mostrarmos o nosso desagrado com o estado da nação, ao enviar centenas de e-mails aos milhares de contactos que temos, se calhar com o intuito de vermos reconhecida a nossa indignação perante esse mesmo estado. Quais de nós, encara essa correspondência como um acto meritório da nossa concordância ou do nosso pasmar perante tais dados? Qual de nós sente-se ufano com o facto de demonstrar a todos os contactos que recebemos em primeira mão qualquer notícia dessas e declaramo-nos automaticamente como os arautos da desgraça imbuídos do espírito mais tacanho e minúsculo que a difusão de uma notícia deste calibre vai provocar nos destinatários?

É preciso ter um prazer quase mórbido ao actuar-se desta forma. Hoje em dia recebem-se mais mails alarmistas do que um mail simplesmente a dizer "olá" ou a perguntar pela família. E já para não falar na quantidade de "fiambre" (spam para os mais entendidos) que se recebe...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Euro 2012

Portugal, encontra-se a um pequeno passo de conseguir o apuramento para o Euro 2012 a realizar-se na Polónia e Ucrânia. Dizem uns, que basta o empate, outros que apenas a vitória interessa e, mesmo aventando a pior dos desfechos, até com uma derrota nos podemos apurar. E isto levanta uma questão séria que porventura nos deixa a todos, lusos orgulhosos, completamente atordoados: Pela primeira vez em não sei quantos anos, estamos na eminência de não precisarmos de fazer contas em cima do joelho para se conseguir o tão almejado apuramento. O que não deixa de ser irónico, já que, sempre que se consegue um apuramento, normalmente ou vamos a um play-off, ou por esta altura anda toda a gente à dentada na unha com o afloramento dos nervos. Parece que desta vez "até uma derrota" nos pode safar... Isto porque a UEFA decide (sempre) apurar alguns dos melhores segundos classificados e Portugal (a par com a Suécia) é dos que se encontram na linha da frente para o conseguir. Como os Suecos vão-se deslocar à Holanda (e esta ao que parece ainda não está 100% apurada apesar de estar em primeiro lugar no seu grupo) irão ter uma tarefa ainda mais árdua pela frente.

Portugal não está habituado a apurar-se sem ter de fazer contas. Sem ter aquele clima de tensão em cima dos seus ombros ou sem ter de depender de terceiros para se poder apurar. Por isso, esta qualificação envolve-se em contornos difíceis de explicar ou de se tecer qualquer espécie de juízo. Nem o mais afamado dos comentadores desportivos se atreve a tocar no assunto, não vá a coisa dar para o torto e depois alguém ter de justificar o insucesso com mais um factor inédito para o qual ninguém estava minimamente preparado.

Se isto tudo não fosse real, ninguém acreditaria, mas o que acontece, é que de facto, Portugal está a braços com uma situação inédita. Poder apurar-se sem estar em apuros. Claro que, mandam as regras e o bom tom, será muito melhor que os jogadores se esqueçam destas coisas, joguem à bola tão bem quanto lhes pagam para o fazer, e deixar depois as matemáticas para quem de direito.

Mas que é estranho, é... logo agora que me preparava para ter de sacar da calculadora e desatar a tecer toda a espécie de cenários de apuramento possíveis, esta cambada decide trocar-me as voltas e obrigar-me a não dizer coisa com coisa...

Tá mal!!....

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

back again

Pouco ou nada mudou desde o meu último post aqui.

O Alberto João, continua(rá?) na sua caminha envolvida nos mistérios mais bem insondáveis e na manipulação infinitamente cíclica do sucesso adquirido à custa de um falso sucesso perante os ilhéus. o fosso nas finanças locais (e por conseguinte do estado) por ele escavado, daria azo a processo nas barras de tribunais em qualquer país minimamente civilizado, menos aqui. Aqui somos só civilizados e prósperos no que toca a porem-nos a mão no bolso, mas qualquer manobra digna de um alfaiate no sentido de nos alargar os bolsos, remete-nos para um país terceiro-mundista que, ou muito me engano, nos levará qualquer dia paras as senhas e filas para comprar pão e outros bens essenciais.

O Diário de Aveiro continua dia após dia, pelo que tenho verificado, a ilustrar a necrologia com crónicas de encantar. Não sei o que estão à espera para pôr cobro aquela fantochada lida nas descrições sobre a morte de alguém. Se ideias faltarem, poderei adiantar (embora não se trate de fonte segura) que um dia destes, o "Talhante de Frossos", o "Varredor de Canelas" ou o "Arrumador de carros do Rossio", estarão debaixo da mesma linha de fogo.

Hoje foi dia da república e sinceramente não se deu por nada. anda tudo calado demais para o meu gosto. Esteve, no entanto, muita gente na praia, e a cidade à tarde tinha um movimento fora do normal: muito turista de feriado, muita caloirada aos berros e um calor que ou me engano muito ou ainda vamos assar castanhas de calção e t-shirt. Com um pouco de sorte, o banho do ano, trará muita gente às cálidas águas da região que na altura rondarão os 16ºC. o que, como é sabido, trará um novo impulso à economia local com a vinda dos gajos do costume a estas paragens. (Os espanhóis, pois tá claro...!)

amanhã voltarei à carga com mais qualquer coisita que se me ocorra...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

r.i.p., antigo canalizador de freixo de espada às costas

De há uns tempos a esta parte, na página dos defuntos no Diário de Aveiro, há um cromo qualquer que decide transformar o óbito das pessoas numa micro-novela. A começar pelo título.

Há dias, era "o Carpinteiro de Segadães", mas também já foi o "Funcionário Público de Estarreja" ou o "Reformado de Sever do Vouga". Não, não é uma descrição ou parte dela... é a parte de se identificar a pessoa através da sua profissão. É muito estranho ler-se uma caixa que diz "Faleceu antigo funcionário público de Estarreja" e um tipo fica a pensar que, das duas uma: Ou em Estarreja só havia um funcionário público antigamente, ou todos os que havia naquela terra não eram de lá e por acaso nas redondezas havia só um que era esse...

O Editor/Redactor do artigo que tenha um pouco mais de bom senso e menos ideias tristes na reportagem de uma notícia. Pelo respeito que o luto dos familiares merecem, não há necessidade de se "adornar" a notícia com confettis e serpentinas perfeitamente escusadas...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

se não é semântica, é o quê?

Não gosto muito de voltar à carga nos assuntos, por dá cá aquela palha, mas ao ler as "gordas" hoje no JN online houve um termo que fez "plim" na minha cabeça. Alberto João, refere que "(...) tem que ser encontrada uma solução não meramente contabilística, mas uma solução global que encare por completo toda a problemática económica da Região Autónoma"... e é precisamente isto que me faz confusão.

Qual é o verdadeiro significado de "Região Autónoma"? Se é autónoma, porque é que está sempre de mão estendida para um estado, que pelos vistos, não tem condições para o ser? Que Portugal seja um estado autónomo, ainda se percebe, pese embora todos saibamos que não é bem assim. Autónoma é a Alemanha, o Reino Unido, e os EUA ou a China, mas Portugal, só se for no sentido de que já não andamos à turra e à massa com os espanhóis por tudo e mais alguma coisa, como no nosso passado histórico comum.

Por isso, o conceito de autonomia da Madeira, é um pouco como a autonomia do meu filho de 10 anos. É autónomo no quarto dele e mesmo assim, continua nada-autónomo quando os seus interesses colidem com os do dono da casa, ou seja, eu. Portanto, como dizem os "camones" , "autónomo my ass!!".

Então, qual o verdadeiro sentido do conceito de "Região Autónoma", se nem sequer emancipada é? Independente? Pelo contrário! Se o fosse, não estaria constantemente a ser bafejado com isenções fiscais, benefícios estruturais e quanto muito, produziria algo mais do que ofertas de turismo, um Carnaval pomposo e um foguetório lindo de se ver (e triste de pagar) todas as noites de fim de ano. Tanto a Madeira como os Açores, só são autónomas quando não estão a chatear o Governo Central por causa de mais injecções de capital. E isto só deve acontecer diariamente entre as 2 e as 6 da manhã, que é quando aquela malta se encontram a dormir. O país real está mirrado de todo, tolhido de ideias e parco em pilim. E no entanto, para quem nada produz a não ser dívidas, andar sempre ao tio-ao tio por causa de mais não sei quantos érios, pedir nunca custou. Nesse aspecto, sim, são autónomos. Têm a autonomia de não terem vergonha na cara quando exigem mundos e fundos para continuarem a ser os Bocassas do costume... e estes, "comem-nos" de qualquer maneira.

domingo, 4 de setembro de 2011

sugestões de fim de semana II


Para quem já se fartou um pouco (para não dizer bastante) dos típicos jogos de tabuleiro do género do Monopoly, Scrabble, Trivial Pursuit e quejandos, há no mercado, - pese embora ainda com pouca exposição nas grandes superfícies -, alguns jogos, na sua grande maioria "made in Germany" que são autênticas pérolas e que prometem

horas valentes de dedicação e tempo bem passado. Como aficionado deste tipo de jogos, venho aconselhar este "Dominion" para todos os eventuais interessados em passar algum tempo de pura diversão.

Está longe de ser um jogo de
estratégia, pois o jogo desenvolve-se mais sob a sorte de cada "mão" do que propriamente de uma táctica previamente calculada. No entanto, não deixa de ter um elevado grau de interesse. O jogo desenrola-se em "mãos" de 5 cartas consecutivamente, consoante o nosso próprio baralho. Não tem peças adicionais, somente as cartas a própria caixa contém os lotes necessários para se jogar num nível inicial, bem como níveis mais avançados. De todas as cartas de acção, apenas jogamos com 10 lotes de cada vez. Mais para a frente, pode-se jogar com o mesmo número de lotes
mas com variantes escolhidas ao acaso. Ganha quem conseguir terminar com mais cartas de pontos. Pode à partida parecer muito complicado, mas ao fim do jogo de "apresentação", o esquema entra-se-nos automaticamente, e podemos jogar uma segunda mão com um à-vontade que não tínhamos anteriormente. O jogo torna-se aliciante por isso mesmo. Não há possibilidade de haver dois jogos iguais.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

as redes sociais na vida real


Na prática, isto é exactamente a mesma coisa que acontece nas nossas redes sociais (aqui em casa em frente ao pc), só que com algumas diferenças:
  • A figura de urso, é infinitamente menor.
  • Em frente ao pc, ou somos uns gajos porreiros ou umas bestas quadradas.
  • Na rua, o mais certo, seria vermo-nos votados à indiferença, as pessoas não teriam tempo para ler as baboseiras que escrevemos e seria muito mau sinal, estarmos a partilhar musicas ou vídeos com quem quer que fosse.
  • Nem todos (para não dizer a totalidade) dos nossos Amigos estariam muitas vezes com disposição para responder, partilhar o que quer que fosse ou simplesmente sugerir-nos uma mini-aplicação.
Então, o que muda? Em casa, a única desculpa, será porventura o facto de meia dúzia de cliques custarem muito menos, mas em contrapartida, o acto de se conversar é bem mais lento do que na vida real. Qual o destino das nossas relações interpessoais por justaposição com as redes sociais?

E para que serve então, uma rede social virtual, se as redes sociais reais são, além de mais duradouras, cada vez mais cingidas a meia dúzia de pessoas conhecidas? Ok... para um casal recém apaixonado, ou em vias disso, dá muito menos trabalho conhecerem-se nas RS já que, com um pouco de sorte (e pouco sigilo) qualquer um expõe todas as suas características. Na vida real isso obriga a um conhecimento mais profundo, mais tempo para conhecer o outro, enfim... obriga a perder-se mais tempo.

Antigamente, só ao fim de algum tempo tomávamos conhecimento dos defeitos do outro por experiência, insistência ou por ocasionalidade. Agora, fica-se a saber que o outro gosta de uma música que eu não posso ouvir porque me dá voltas ao estômago, e que, aquele atrasado mental cheio de borbulhas afinal é irmão do gajo... num instantinho.

Já para não falar no facto da gaja ter mais "amigos" do que eu, e muitos deles demonstrarem intimidade a mais para o meu gosto...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

drama de colocações

Há coisas que me causam uma enorme confusão e uma delas é a "novela anual" em torno da colocação de professores. Todos os anos, há directivas novas, modelos iguais que redundam de ano para ano na sua repetição e verificação dos mesmos dados, e uma enorme dor de cabeça para os seus concorrentes.

Todos os anos, salvo raríssimas e honrosas excepções, há "gralhas" no sistema de colocações, informações dadas em cima do joelho (leia-se "no arranque do ano lectivo") e questões que ficam sem resposta para o mais reles dos mortais. Mais do que ficarmos empedernidos de asco quando somos confrontados com o desgraçado que é de Melgaço e foi colocado numa escola qualquer da Mantarrota (afinal de contas ele concorreu para lá) questiono-me como é que é possível que ainda haja o "estatuto" de professores contratados neste país.

Não me refiro obviamente aos que são contratados mal saem das universidades, mas sim daqueles que, ano após ano, dançam de escola em escola, ou - menos compreensível - vêem os seus contratos renovados na escola onde leccionaram nos anos anteriores. Se são contratados, é porque são precisos, certo? E se uma escola repete e repete a sua contratação, concerteza que não o faz apenas pelos lindos olhos do leccionador; muito provavelmente será porque este lhe deu garantias mais que sustentadas que a sua qualidade será no mínimo factor mais que preponderante para que possa garantir continuidade na qualidade do trabalho até aí desenvolvido. Então... renova-se o contrato.

Ano após anos, mandam-se os contratados para um concurso que cada vez mais parece uma roleta-russa. Só que, a partir de agora, há mais balas do que câmaras vazias e o fantasma do desemprego começa a despontar nos horizontes dos anos que hão de vir. E é aqui que o Estado devia responsabilizar-se por esta situação.

A Empresa-Estado, contrata pessoas anos a fio para darem aulas (venderem, parece-me mais apropriado) e depois de uns 10, 15 ou qualquer outro período de tempo, dá-lhes um chuto no cu e atira-os para o desemprego. No entanto, consegue garantir o lugar daqueles efectivos que passam o ano de baixa, que se borrifam constantemente para com as suas obrigações laborais e que, de uma forma ou de outra, contribuem para taxas de insucesso escolar e lacunas pedagógicas que se reflectirão mais tarde ou mais cedo... nos seus filhos e pior: conseguem avaliações superiores a Muito Bom nos seus sistemas de avaliação e desempenho anuais!!

Não seria mais lógico fazer um apanhado destes "falsos-efectivos" (muitos dos quais com horários reduzidos e salários insuflados) e mandá-los para as novelas das contratações e colocar nos seus lugares, aqueles contratados que todos os anos andam com o coração nas mãos porque não sabem/podem fazer contas ao seu futuro?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

os do cont'nente que paguem a crise

Desta vez, a malta do cont'nente não vai ter como fugir. Há que pagar pelas derrapagens orçamentais, isenções fiscais e um constante "venha a nós senão parto esta merda toda", que D. Alberto I - O Eterno, rei da ilha da Madeira e Portos Santos, tão habilmente consegue "produzir".

Descoberto que foi um novo buraco de cerca de 220 milhões de euros, (aumentando para cerca de 500 milhões de euros o défice público nacional), a malta do cont'nente vai ter de reduzir o numero de activos na função pública para que desta forma, aquele monarca continue a poder sentar o cu no trono que o suporta bem como continuar a produzir coisa nenhuma a troco de muitos euros, seja para autoestradas, túneis e demais isenções fiscais, benesses e regalias que são constantemente reclamadas. Não nos esqueçamos igualmente que as fantasias de Carnaval, compõem uma fatia importante no orçamento do ilhéu e por conseguinte do próprio estado.

Enquanto cá no cont'nente a malta se desunha para poder tapar buracos, ali para os lados de África no meio do mar, há uma ilha que continua a mostrar-se completamente alheada dos nossos problemas, abrindo mais covas, quais toupeiras excitadas e completamente cegas aos problemas que também lhes dizem respeito.

Se são tão portugueses como nós então que também paguem a crise! Responsabilizem-se pelos estragos que produzem. Em último caso, dêem-lhes a independencia e apontem na "conta" o que nos forçaram a dever à custa desta brincadeira. E quanto a reduzir o número de funcionários públicos, que tal começarem precisamente no ilhéu?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

acordo ortográfico

Sou incondicionalmente contra. Ponto! Não posso permitir que a língua de Camões seja constantemente vilipendiada tornando-se um mero "gadget" à mercê de meia dúzia de "Xicos-Espertos" que quiseram reinventar a pólvora e recriar (?) uma língua que só se fala do outro lado do Atlântico. Recuso-me terminantemente a alimentar esta farsa. A maior parte das palavras existentes na velha europa derivam do latim. Não do guarani ou do tupinambá ou ainda do tupiniquim! Muito menos do telenovelês! Como é que é possível que Portugal (ou quem mande nisto) se possa vergar a tamanho assassinato cultural?

Como é possível que não haja ninguém com tomates que diga: "Acordo? Para quê?? Não estamos bem assim? Não fomos nós que levámos o português daqui para lá? Que culpa temos nós que eles não nos entendam ou que falem com sotaque de samba??? Já repararam na quantidade de palavras adoPtadas aqui no velho continente que vão permanecer exaCtamente como são, à excePção (SIM!!! EXCEPÇÃO!!!) do Português que se "dobrou" à vontade brasileira??? SELECÇÃO: (ing. SELECTION, esp. SELECCIÓN, fr. SELÉCTION) vai passar a ser escrita como SELEÇÃO????; BAPTISMO (lat. BAPTISMUS, fr. BAPTÊME, ing. BAPTISM) transformar-se-á num insípido BATISMO? SECTOR (lat., esp., ing., SECTOR ou SEKTOR em alemão!!! VAI VIRAR SETOR????? (E há muitas mais...)

Decididamente NÃO!! Portugal pode atravessar imensas crises. Mas NUNCA uma de identidade! É urgente requerer-se um referendo (em último caso) por forma a travar-se esta irresponsabilidade!

Ainda há dias, durante a instalação de um software deparei com esta pergunta: (outra que tal!)

"Deseja efectuar a instalação em Português (de Portugal) ou em Português (do Brasil)?" Português do Brasil??? Não! É "brasileiro" que se diz! - pensei. Porque, segundo fui aprendendo ao longo da vida, Português, ensina-se em Portugal. Fala-se em Portugal! Não há dois "Português"! Mal escolhi "Português (de Portugal)" sou logo "gerundiado" com um "Inicializando" (Mau...!) e quando se acaba a instalação acaba com um "Sua instalação foi efetuada com sucesso". Francamente, até bati mal. Fiquei com a sensação que alguém me tinha vendido um lote de terreno na lua e eu tinha ido na conversa!!!

É chegada a altura dos portugueses DE PORTUGAL se manifestarem contra esta parvoíce. Referende-se o acordo. Mandai esses intelectuais da treta à outra banda (enviem-nos em correio registado ou em bilhetes só de ida para um sítio que eu cá sei) ou quanto muito, deixem-nos cumprir o pouco que lhes restar de vida em terras de vera-cruz, e se possível, bem longe de qualquer instituição académica que lhes dê ouvidos. Isso sim, seria um "trabalho de mérito" para com o país...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

para começar a semana

Nada se me ocorre senão algo que nos enche de esperança: O iraniano, já está a mostrar alguns frutos do seu investimento.




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ronaldo ou messi?

Ronaldo ou Messi? Qual o melhor do mundo? Esta questão é complicada para ter uma resposta objectiva. Tal como a eleição do "melhor do mundo" é um pouco "subjectiva" demais para poder premiar seja quem for. O que é "ser-se o melhor jogador do mundo"? Como se compara um avançado com um defesa central, ou um médio com um guarda-redes? E porque carga de água, não há um guarda-redes "melhor do mundo"? Será que este é menos jogador que o outro? Afinal as equipas são compostas por 11 jogadores e não por 1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1 jogadores, não será? Pessoalmente sou de opinião que Daniel Messi é um jogador excelente, decisivo, mas não chega aos calcanhares de Cristiano Ronaldo. Messi só será o melhor do mundo quando Barcelona passar a chamar-se Mundo. A justificação parece-me mais que óbvia: Messi só conheceu o Barcelona e a Selecção Argentina. Está habituado a jogar num esquema táctico desde os seus 14 anos, idade com que deu entrada no Barça, e a única "alteração" a esse esquema dá-se quando representa a selecção do seu país natal. Já Cristiano Ronaldo, formado nas escolas do Sporting, começou cedo a dar nas vistas. A passagem pela equipa sénior foi um relâmpago até que os tubarões de Manchester o vieram buscar. Na passagem pelas terras de Sua Majestade, foi o que se viu. Ganhou o que havia para ganhar, destacando-se num campeonato competitivo e de grande exigência. Foi para Madrid. Os recordes da casa começaram a cair. As suas prestações no Real, quase que implicam que se pague o bilhete só para o ver jogar. Na selecção, é preponderante. Tem altos e baixos... tal como Messi na alvi-celeste. Mas que se saiba, conhece mais esquemas tácticos do que os que o argentino pode algum dia vir a sonhar. E no entanto, Messi continua a ser o "melhor do mundo"... Não. Decididamente não faz sentido. Se quiserem, façam um exercício mental: Equacionem Messi na Premiére League ou na Bundesliga. Ou até mesmo no Calcio. Ronaldo não precisa da Premiére League pois já confirmou os seus créditos. Mas pensem-no no campeonato alemão ou no italiano. Quem reune condições para se "afirmar" com mais facilidade? De certeza que não é o recem-eleito "melhor do mundo". O que prova que para se ser um "melhor" não implica que se tenha ganho alguma coisa...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

sugestões de fim de semana I

A "Quinta do Pomarinho", localizada a um par de minutos de carro do centro de Arouca, foi uma experiência recente, a qual recomendo vivamente. Óptima para passar uns dias de puro relaxe, longe do bulício da grande cidade e inserida numa zona que convida a vários tipos de actividades culturais, desportivos ou simplesmente de lazer, é um espaço agradável, sossegado e conta com a simpatia e atenção dos seus proprietários, que, tal como sublinharam, servem um óptimo pequeno almoço bem recheado de produtos locais, "por forma a que os hóspedes não saiam de casa de barriga vazia". Vivemos numa altura em que talvez tenhamos a necessidade de "olhar um pouco mais a sério para o que há de bom neste país" e esta quinta é um óptimo exemplo disso. Dispõe de 3 suites, sala de estar e uma "saleta". Apesar de não haver "fisicamente" um espaço de cozinha, está equipado com frigorífico, microondas, torradeira e máquina de café; condições ideais para não haver a preocupação de se ter de cozinhar, optando pelos congelados se disso for caso. A "sala dos pequenos almoços" situa-se no exterior, num alpendre que convida ao descanso, à leitura ou simplesmente à contemplação da vila. O espaço exterior está enriquecido com uma bela piscina, um mini-campo de ténis e um mini-golfe (9 buracos) inserido no meio do pomar. Um espaço bem tratado, florido e de costas para as preocupações do dia-a-dia. Para quem se encontrar de férias ou pretenda um fim de semana bem preenchido, a Quinta do Pomarinho, não estando longe daqui, é uma aposta "ganha".

(Obs. A quinta possui dois Cocker Spaniels - Se tiverem medo, forem alérgicos ou simplesmente não quiserem ser incomodados pela sua presença, não se esqueçam de indicar isso ao proprietário. De qualquer forma, são ambos muito dóceis e brincalhões.)

Contactar:
Dr. Pedro Homenio
Telem: +351 962 060 551
GPS: Lat. 40º55'21.77'' N; Long. 8º14'59.72" W

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

às voltas com a arbitragem

O tema, por mais chão que dê uvas, continua na ordem do dia. As nomeações, foram, são e sê-lo-ão sempre polémicas, por mais voltas que se dê. Não há árbitro que não tenha a folha limpa apenas com arbitragens decentes. Mas é a que temos?... Depois do que Portugal inteiro viu no passado domingo no jogo que pôs frente a frente Beira Mar e Sporting, parece-me mais que provado que não é necessário ser-se árbitro com credenciais de 1º escalão ou "passear" com as insígnias da UEFA/FIFA para se ser bom. Apesar de algumas picardias próprias do jogo, apesar de alguns julgamentos menos precisos, o nome de Idalécio Martins será concerteza um nome a fixar. Aliás, quer-me parecer que esta táctica da "nomeação" em cima da hora, seria uma boa forma de se contornar qualquer questiúncula que grassa no futebol nacional, dando-se prioridade ao "árbitro anónimo" sempre que possível. Podem eventualmente alegar que só se recorre a "árbitros anónimos" quando as circunstancias o exigem, porém, este recurso, não retira qualquer tipo de legalidade ao jogo em si; as equipas não saem prejudicadas, a jornada completa-se, o campeonato decorre. E porquê? Para bem da credibilidade que tanto se apregoa, a questão da "corruptabilidade" cairia por terra. Uma nomeação "em cima do joelho" afastaria por si, qualquer tentativa prévia de viciar um resultado. Especialmente com o comum acordo de ambas as partes como foi o caso de domingo passado. Ou, em última análise, a uma rotatividade nas nomeações, desde a I Liga aos distritais. No domingo passado, Idalécio Martins, provou que isso seria possível. E não seria nada de mais, podermos ver um João Ferreira ou um Carlos Xistra, a arbitrarem um Carcavelinhos-Merdaleja de vez em quando, para que também experimentassem o incómodo da terra batida ou do "campo sem condições". Muitas vezes o mal está em deixarmos cair os parentes na lama apenas porque estamos habituados a diversos tipos de luxos. E no final da jornada, classificarem-se os árbitros pela mesma bitola. Algo me diz que poderia haver muita surpresa à solta...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

moliceiros e vuvuzelas

Aveiro possui um recurso turístico que, de há uns anos a esta parte, se tornou numa autêntica galinha-dos-ovos-de-ouro. O passeio pelos canais da cidade nas nossas embarcações típicas. Uns chamam-lhes moliceiros, outros, verão ali uns mercantéis e outros, uma oportunidade de negócio, exploração ou simplesmente um simples prazer de ver a cidade por outra perspectiva. É bonito de se ver, e acredito que qualquer aveirense se sentirá orgulhoso por se tratar de um ex-libris que finalmente saiu dos postais dos correios e se fundiu com a forma de viver a cidade. Mas, à boa maneira portuguesa, no melhor pano cai a nódoa. Se já não é muito de bom tom, vermos essa atracção turística concessionada a entidades externas a Aveiro (só falta mesmo os chineses terem uma licença de exploração), pior se torna quando, em todas as embarcações há um atrasado mental qualquer que decidiu vuvuzelar as embarcações. Assim, quais camionistas de longo curso que se cumprimentam sempre que se cruzam nas autoestradas do país, também estes "gondoleiros" decidem soprar na corneta por tudo e por nada, infernizando a paz que se vai tentando sentir, ou dentro da embarcação, ou simplesmente estando fora de bordo num passeio pelas margens dos canais. Se houver alguma entidade competente neste burgo, que tome conta desta ocorrência e proceda em conformidade de forma a eliminar-se um ruído que é típico na África do Sul. E que eu saiba, isto não é África...

redes sociais e suas idiossincrasias

Sei de uma pessoa, onusta de narcisismo mas totalmente desprovida de massa cerebral que lhe permita estar mais do que 10minutos em frente a um espelho sem que se hipnotize, que bloqueou todo e qualquer comentário feito por um conhecido meu (outro que tal, mas com mais dois dedos de testa) numa conhecida rede social. A primeira pessoa em questão, transmite nessa rede social (entre muito charme próprio de uma quase quarentona) a falácia que é ser-se "irmã da própria filha". Espalha a mentira como quem bebe água, fazendo com que todos os que a conheçam apenas pelas fotos que exibe em fato de banho e em poses que ficam muito bem em donzelas (bem) mais esbeltas e formosas que a própria, garotas-modelo mais da idade da filha do que da mãe onde as carnes ainda não perderam o seu vigor e pune quem lhe abra os olhos ou sempre que alguém se lembre de a contrariar. A mana (filha na vida real) mais não faz do que corroborar está falácia o que, quer se queira quer não, não lhe fará grande mossa. Afinal de contas não é todos os dias que se caminha a passos largos para o caso de mãe e filha (que são irmãs na vida irreal) se tornem um dia, irmãs e mãe-avó-tias num 3 em um, mal a educanda (actual) dê à luz. O que, tornará este guião mais intrincado que uma tragédia grega, já que, mãe-filha-neta se torna num polinómio irmã-irmã-sobrinha-filha... E já nem sequer me passa pela cabeça questionar o desgraçado do progenitor da primeira, já que, de um momento para o outro, passou a viver na mentira de ser pai da filha e da neta ao mesmo tempo. Incestos à parte, - palavra demasiado estranha para tais mentes a perceberem na sua essência - nada escapa aquelas duas "irmãs" (mãe e filha) cuja diferença de idade, fará com que a avó se transforme em mãe, e a verdadeira mãe se transforme em irmã, dada a propensão para estas trocas anormais de graus de parentesco. Não sei o que será pior: ter uma mãe que pensa, age e vive como se de uma irmã mais velha se tratasse - ainda por cima com a acefalia que demonstra ter só por respirar, se ter uma filha que quer parecer mais velha, para se chegar, desde tenra idade, aos calcanhares da sua progenitora, o que denota a hereditariedade de genes anómalos. Resta saber se a futura "neta-filha-irmã" herdará a mesma pancada que as suas antecessoras e reclame a si o título de matriarca da família. Tudo é possível. Mas enganar-se meio mundo com algo que a vizinhança está farta de saber que não corresponde à realidade, será quiçá e no mínimo, prova cabal que alguém não vai batendo certo nos pirolitos daquela mãe-irmã-da-filha". Espera-se apenas que aquela "filha-irmã-da-mãe" não dê conta do ridículo da situação tenha (pelo menos) um neurónio activo passível de neutralizar este folhetim.