Portugal, encontra-se a um pequeno passo de conseguir o apuramento para o Euro 2012 a realizar-se na Polónia e Ucrânia. Dizem uns, que basta o empate, outros que apenas a vitória interessa e, mesmo aventando a pior dos desfechos, até com uma derrota nos podemos apurar. E isto levanta uma questão séria que porventura nos deixa a todos, lusos orgulhosos, completamente atordoados: Pela primeira vez em não sei quantos anos, estamos na eminência de não precisarmos de fazer contas em cima do joelho para se conseguir o tão almejado apuramento. O que não deixa de ser irónico, já que, sempre que se consegue um apuramento, normalmente ou vamos a um play-off, ou por esta altura anda toda a gente à dentada na unha com o afloramento dos nervos. Parece que desta vez "até uma derrota" nos pode safar... Isto porque a UEFA decide (sempre) apurar alguns dos melhores segundos classificados e Portugal (a par com a Suécia) é dos que se encontram na linha da frente para o conseguir. Como os Suecos vão-se deslocar à Holanda (e esta ao que parece ainda não está 100% apurada apesar de estar em primeiro lugar no seu grupo) irão ter uma tarefa ainda mais árdua pela frente.
Portugal não está habituado a apurar-se sem ter de fazer contas. Sem ter aquele clima de tensão em cima dos seus ombros ou sem ter de depender de terceiros para se poder apurar. Por isso, esta qualificação envolve-se em contornos difíceis de explicar ou de se tecer qualquer espécie de juízo. Nem o mais afamado dos comentadores desportivos se atreve a tocar no assunto, não vá a coisa dar para o torto e depois alguém ter de justificar o insucesso com mais um factor inédito para o qual ninguém estava minimamente preparado.
Se isto tudo não fosse real, ninguém acreditaria, mas o que acontece, é que de facto, Portugal está a braços com uma situação inédita. Poder apurar-se sem estar em apuros. Claro que, mandam as regras e o bom tom, será muito melhor que os jogadores se esqueçam destas coisas, joguem à bola tão bem quanto lhes pagam para o fazer, e deixar depois as matemáticas para quem de direito.
Mas que é estranho, é... logo agora que me preparava para ter de sacar da calculadora e desatar a tecer toda a espécie de cenários de apuramento possíveis, esta cambada decide trocar-me as voltas e obrigar-me a não dizer coisa com coisa...
Tá mal!!....
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