segunda-feira, 5 de setembro de 2011

se não é semântica, é o quê?

Não gosto muito de voltar à carga nos assuntos, por dá cá aquela palha, mas ao ler as "gordas" hoje no JN online houve um termo que fez "plim" na minha cabeça. Alberto João, refere que "(...) tem que ser encontrada uma solução não meramente contabilística, mas uma solução global que encare por completo toda a problemática económica da Região Autónoma"... e é precisamente isto que me faz confusão.

Qual é o verdadeiro significado de "Região Autónoma"? Se é autónoma, porque é que está sempre de mão estendida para um estado, que pelos vistos, não tem condições para o ser? Que Portugal seja um estado autónomo, ainda se percebe, pese embora todos saibamos que não é bem assim. Autónoma é a Alemanha, o Reino Unido, e os EUA ou a China, mas Portugal, só se for no sentido de que já não andamos à turra e à massa com os espanhóis por tudo e mais alguma coisa, como no nosso passado histórico comum.

Por isso, o conceito de autonomia da Madeira, é um pouco como a autonomia do meu filho de 10 anos. É autónomo no quarto dele e mesmo assim, continua nada-autónomo quando os seus interesses colidem com os do dono da casa, ou seja, eu. Portanto, como dizem os "camones" , "autónomo my ass!!".

Então, qual o verdadeiro sentido do conceito de "Região Autónoma", se nem sequer emancipada é? Independente? Pelo contrário! Se o fosse, não estaria constantemente a ser bafejado com isenções fiscais, benefícios estruturais e quanto muito, produziria algo mais do que ofertas de turismo, um Carnaval pomposo e um foguetório lindo de se ver (e triste de pagar) todas as noites de fim de ano. Tanto a Madeira como os Açores, só são autónomas quando não estão a chatear o Governo Central por causa de mais injecções de capital. E isto só deve acontecer diariamente entre as 2 e as 6 da manhã, que é quando aquela malta se encontram a dormir. O país real está mirrado de todo, tolhido de ideias e parco em pilim. E no entanto, para quem nada produz a não ser dívidas, andar sempre ao tio-ao tio por causa de mais não sei quantos érios, pedir nunca custou. Nesse aspecto, sim, são autónomos. Têm a autonomia de não terem vergonha na cara quando exigem mundos e fundos para continuarem a ser os Bocassas do costume... e estes, "comem-nos" de qualquer maneira.

Sem comentários:

Enviar um comentário