segunda-feira, 31 de outubro de 2011

sugestões de fim de semana III


Continuando na senda dos jogos de tabuleiro, apresento desta vez, talvez o mais viciante dos que conheço e muito provavelmente o que menos "ciência" precisará para ser compreendido. Premiado como se tratando do jogo do ano de 2001, (jogo de tabuleiro), o "Carcassonne" dispõe, para além do jogo "base" de um punhado de extensões ao próprio jogo, trazendo sempre novas "variáveis" a levar em conta, aumentando a sua jogabilidade e capacidade de explorar novas variantes.

Na prática, trata-se de um "puzzle-dominó" gigante, onde
será muito pouco provável, conseguirem-se dois "puzzles" finais perfeitamente iguais. O objectivo, - além de amealhar o maior numero de pontos possível - é poder-se completar castelos ou estradas ou ainda deter o domínio dos seus campos circundantes, não esquecendo a posse de alguns mosteiros pelo meio.

O pack original dispõe de cerca de 70 peças. As extensões poderão adicionar mais umas 20 de cada vez, sendo que, um jogo com todas as extensões poderá chegar às 160. Em qualquer dos casos, o jogo básico dá pano para mangas, podendo demorar cerca de 60 minutos a ser completado. Podem jogar dois a 4 concorrentes (básico) e, consoante a experiencia de todos ou por combinação prévia, poderão optar pela
vertente "pacifista" (cada um constroi o que pretender sem interferencia dos restantes) ou pela versão "bélica" onde cada um tenta ao máximo atrapalhar as finalizações dos restantes jogadores... não esquecendo de ir terminando algumas para seu proveito próprio.


(obs. no final do jogo, a disposição das suas peças, nunca ficará tão "certinha" como o apresentado acima)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

para que serve um mail afinal?

Desde a sua difusão, a recorrência ao correio electrónico serviu - entre muitos fins - para estreitar a comunicação entre pessoas. Em vez de se esperar pela "volta do correio", as pessoas passaram a usar esta ferramenta como uma forma de poderem ver respondidas quase em tempo real, as suas preocupações, necessidades ou simplesmente minorar o delay que o correio tradicional implica. Além de não ter de se gastar dinheiro algum com selos, envelopes, etc... que se saiba, o correio electrónico só ainda não dá para enviar encomendas.

A massificação do uso desta utilidade trouxe, entre meras comunicações, a facilidade de se recorrer ao envio de ficheiros cujos conteúdos variam entre o documento dito mais sério e a pornochachada vulgar.

Mas também serviu para o envio de autênticos queixumes políticos que outrora não se fazia pela via dactilografada e timbrada. Antigamente, o correio podia servir para muita coisa, mas nunca para se usar como arma política. Não estou a imaginar um idiota qualquer a enviar um daqueles mails chatos como tudo, apontando (a título de exemplo) quantos "érios" o Alberto João tinha amealhado com a construção de um barraco qualquer ou quanto ganhava o deputado A, ou o administrador da empresa X. Mais: não imagino o mesmo idiota a enviar a mesma coisa, a "n+1" destinatários...

O que não deixa de ser, ao mesmo tempo estranho é esta necessidade quase imperiosa de mostrarmos o nosso desagrado com o estado da nação, ao enviar centenas de e-mails aos milhares de contactos que temos, se calhar com o intuito de vermos reconhecida a nossa indignação perante esse mesmo estado. Quais de nós, encara essa correspondência como um acto meritório da nossa concordância ou do nosso pasmar perante tais dados? Qual de nós sente-se ufano com o facto de demonstrar a todos os contactos que recebemos em primeira mão qualquer notícia dessas e declaramo-nos automaticamente como os arautos da desgraça imbuídos do espírito mais tacanho e minúsculo que a difusão de uma notícia deste calibre vai provocar nos destinatários?

É preciso ter um prazer quase mórbido ao actuar-se desta forma. Hoje em dia recebem-se mais mails alarmistas do que um mail simplesmente a dizer "olá" ou a perguntar pela família. E já para não falar na quantidade de "fiambre" (spam para os mais entendidos) que se recebe...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Euro 2012

Portugal, encontra-se a um pequeno passo de conseguir o apuramento para o Euro 2012 a realizar-se na Polónia e Ucrânia. Dizem uns, que basta o empate, outros que apenas a vitória interessa e, mesmo aventando a pior dos desfechos, até com uma derrota nos podemos apurar. E isto levanta uma questão séria que porventura nos deixa a todos, lusos orgulhosos, completamente atordoados: Pela primeira vez em não sei quantos anos, estamos na eminência de não precisarmos de fazer contas em cima do joelho para se conseguir o tão almejado apuramento. O que não deixa de ser irónico, já que, sempre que se consegue um apuramento, normalmente ou vamos a um play-off, ou por esta altura anda toda a gente à dentada na unha com o afloramento dos nervos. Parece que desta vez "até uma derrota" nos pode safar... Isto porque a UEFA decide (sempre) apurar alguns dos melhores segundos classificados e Portugal (a par com a Suécia) é dos que se encontram na linha da frente para o conseguir. Como os Suecos vão-se deslocar à Holanda (e esta ao que parece ainda não está 100% apurada apesar de estar em primeiro lugar no seu grupo) irão ter uma tarefa ainda mais árdua pela frente.

Portugal não está habituado a apurar-se sem ter de fazer contas. Sem ter aquele clima de tensão em cima dos seus ombros ou sem ter de depender de terceiros para se poder apurar. Por isso, esta qualificação envolve-se em contornos difíceis de explicar ou de se tecer qualquer espécie de juízo. Nem o mais afamado dos comentadores desportivos se atreve a tocar no assunto, não vá a coisa dar para o torto e depois alguém ter de justificar o insucesso com mais um factor inédito para o qual ninguém estava minimamente preparado.

Se isto tudo não fosse real, ninguém acreditaria, mas o que acontece, é que de facto, Portugal está a braços com uma situação inédita. Poder apurar-se sem estar em apuros. Claro que, mandam as regras e o bom tom, será muito melhor que os jogadores se esqueçam destas coisas, joguem à bola tão bem quanto lhes pagam para o fazer, e deixar depois as matemáticas para quem de direito.

Mas que é estranho, é... logo agora que me preparava para ter de sacar da calculadora e desatar a tecer toda a espécie de cenários de apuramento possíveis, esta cambada decide trocar-me as voltas e obrigar-me a não dizer coisa com coisa...

Tá mal!!....

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

back again

Pouco ou nada mudou desde o meu último post aqui.

O Alberto João, continua(rá?) na sua caminha envolvida nos mistérios mais bem insondáveis e na manipulação infinitamente cíclica do sucesso adquirido à custa de um falso sucesso perante os ilhéus. o fosso nas finanças locais (e por conseguinte do estado) por ele escavado, daria azo a processo nas barras de tribunais em qualquer país minimamente civilizado, menos aqui. Aqui somos só civilizados e prósperos no que toca a porem-nos a mão no bolso, mas qualquer manobra digna de um alfaiate no sentido de nos alargar os bolsos, remete-nos para um país terceiro-mundista que, ou muito me engano, nos levará qualquer dia paras as senhas e filas para comprar pão e outros bens essenciais.

O Diário de Aveiro continua dia após dia, pelo que tenho verificado, a ilustrar a necrologia com crónicas de encantar. Não sei o que estão à espera para pôr cobro aquela fantochada lida nas descrições sobre a morte de alguém. Se ideias faltarem, poderei adiantar (embora não se trate de fonte segura) que um dia destes, o "Talhante de Frossos", o "Varredor de Canelas" ou o "Arrumador de carros do Rossio", estarão debaixo da mesma linha de fogo.

Hoje foi dia da república e sinceramente não se deu por nada. anda tudo calado demais para o meu gosto. Esteve, no entanto, muita gente na praia, e a cidade à tarde tinha um movimento fora do normal: muito turista de feriado, muita caloirada aos berros e um calor que ou me engano muito ou ainda vamos assar castanhas de calção e t-shirt. Com um pouco de sorte, o banho do ano, trará muita gente às cálidas águas da região que na altura rondarão os 16ºC. o que, como é sabido, trará um novo impulso à economia local com a vinda dos gajos do costume a estas paragens. (Os espanhóis, pois tá claro...!)

amanhã voltarei à carga com mais qualquer coisita que se me ocorra...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

r.i.p., antigo canalizador de freixo de espada às costas

De há uns tempos a esta parte, na página dos defuntos no Diário de Aveiro, há um cromo qualquer que decide transformar o óbito das pessoas numa micro-novela. A começar pelo título.

Há dias, era "o Carpinteiro de Segadães", mas também já foi o "Funcionário Público de Estarreja" ou o "Reformado de Sever do Vouga". Não, não é uma descrição ou parte dela... é a parte de se identificar a pessoa através da sua profissão. É muito estranho ler-se uma caixa que diz "Faleceu antigo funcionário público de Estarreja" e um tipo fica a pensar que, das duas uma: Ou em Estarreja só havia um funcionário público antigamente, ou todos os que havia naquela terra não eram de lá e por acaso nas redondezas havia só um que era esse...

O Editor/Redactor do artigo que tenha um pouco mais de bom senso e menos ideias tristes na reportagem de uma notícia. Pelo respeito que o luto dos familiares merecem, não há necessidade de se "adornar" a notícia com confettis e serpentinas perfeitamente escusadas...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

se não é semântica, é o quê?

Não gosto muito de voltar à carga nos assuntos, por dá cá aquela palha, mas ao ler as "gordas" hoje no JN online houve um termo que fez "plim" na minha cabeça. Alberto João, refere que "(...) tem que ser encontrada uma solução não meramente contabilística, mas uma solução global que encare por completo toda a problemática económica da Região Autónoma"... e é precisamente isto que me faz confusão.

Qual é o verdadeiro significado de "Região Autónoma"? Se é autónoma, porque é que está sempre de mão estendida para um estado, que pelos vistos, não tem condições para o ser? Que Portugal seja um estado autónomo, ainda se percebe, pese embora todos saibamos que não é bem assim. Autónoma é a Alemanha, o Reino Unido, e os EUA ou a China, mas Portugal, só se for no sentido de que já não andamos à turra e à massa com os espanhóis por tudo e mais alguma coisa, como no nosso passado histórico comum.

Por isso, o conceito de autonomia da Madeira, é um pouco como a autonomia do meu filho de 10 anos. É autónomo no quarto dele e mesmo assim, continua nada-autónomo quando os seus interesses colidem com os do dono da casa, ou seja, eu. Portanto, como dizem os "camones" , "autónomo my ass!!".

Então, qual o verdadeiro sentido do conceito de "Região Autónoma", se nem sequer emancipada é? Independente? Pelo contrário! Se o fosse, não estaria constantemente a ser bafejado com isenções fiscais, benefícios estruturais e quanto muito, produziria algo mais do que ofertas de turismo, um Carnaval pomposo e um foguetório lindo de se ver (e triste de pagar) todas as noites de fim de ano. Tanto a Madeira como os Açores, só são autónomas quando não estão a chatear o Governo Central por causa de mais injecções de capital. E isto só deve acontecer diariamente entre as 2 e as 6 da manhã, que é quando aquela malta se encontram a dormir. O país real está mirrado de todo, tolhido de ideias e parco em pilim. E no entanto, para quem nada produz a não ser dívidas, andar sempre ao tio-ao tio por causa de mais não sei quantos érios, pedir nunca custou. Nesse aspecto, sim, são autónomos. Têm a autonomia de não terem vergonha na cara quando exigem mundos e fundos para continuarem a ser os Bocassas do costume... e estes, "comem-nos" de qualquer maneira.